Ao menos quatro importantes obras, que já custaram quase R$ 3,4 milhões aos cofres da Prefeitura de Suzano, estão atrasadas. A maioria delas deveria estar sendo utilizada pela população desde o ano passado. Os novos serviços, caso as previsões fossem obedecidas, iriam beneficiar a população em áreas como saúde, assistência social, cultura, esporte e lazer.

Quem questiona os atrasos é o vereador suzanense Lisandro Frederico. Ele tem como base um balanço apresentado pela própria Unidade de Planejamento e Assuntos Estratégicos, do Gabinete do prefeito Rodrigo Ashiuchi, em agosto de 2017. O vereador também questiona prazos divulgados em placas oficiais e no site da Prefeitura de Suzano. Entre as obras em atraso estão: Centro Dia do Idoso (Boa Vista); UBS do Jardim Brasil; Cine Teatro; a nova pista de skate e a reforma das piscinas, ambas no Parque Max Feffer.

“Infelizmente, o não cumprimento do prazo demonstra problemas de planejamento e organização da Prefeitura”, afirmou. “É meu dever, enquanto vereador, fiscalizar e cobrar que o dinheiro dos impostos seja bem aplicado e que a Prefeitura cumpra as promessas”, ressaltou Lisandro.

A obra com o valor mais alto de investimento – R$ 1.241.134,18 – é a Unidade Básica de Saúde (UBS) do Jardim Brasil. A previsão de entrega era dezembro do ano passado.  “Este será o terceiro adiamento da UBS”, lembrou Lisandro. A entrega estava prevista, inicialmente, para abril de 2016. O prazo foi ampliado para dezembro de 2017 e, agora, para abril de 2018. “A Prefeitura terá que, mais uma vez, indicar uma nova data”, criticou Lisandro. “A sobrecarga do PS é resultado da ineficiência das unidades de saúde do bairro, bem como da falta de ações esportivas que podem prevenir doenças”, criticou o vereador.

Outra importante obra que ainda não saiu do papel é o Centro Dia do Idoso, no Boa Vista. Atrasada desde novembro de 2017, ela custou R$ 893.988,08. “Com a falta de compromisso na entrega, a Prefeitura de Suzano ignora os idosos com vulnerabilidade social”, contou Lisandro.

Max Feffer

Já os adeptos do skate quando chegam ao Parque Max Feffer se deparam apenas com uma placa oficial dizendo que naquele local existirá uma nova pista para a pratica da modalidade esportiva. A obra custou R$ 997.797,26 e o prazo de entrega não era tão específico: Início de 2018. “Estamos em maio e para mim e todos os suzanenses já passamos há tempos do início do ano, afinal, somente em 2018, a Prefeitura já teve tempo para aumentar o IPTU, tentar aumentar o preço da passagem, acabar com o Passe Livre, tentar dar um fim à Lei do Pancadão, entre muitos outros projetos prejudiciais aos suzanenses”, lembrou.

Ainda no Max Feffer, a reforma da piscina, que abrigará atividades esportivas de natação e hidroginástica, deveria ter sido finalizada em fevereiro. O valor gasto foi de R$ 136,6 mil. O vereador ainda questiona por que a Prefeitura abriu mais uma licitação para reformar o mesmo local. “Neste momento temos mais de quatro mil suzanenses concorrendo as 500 vagas de natação gratuita, enquanto isso, a piscina segue parada há meses” criticou Lisandro.

O Cine Teatro seria construído junto ao prédio do Paço Municipal Firmino José da Costa. O valor total foi de R$ 119,1 mil. A Prefeitura iria reformar e readequar o antigo plenário da Câmara para transformá-lo em um espaço cultural. O “Cine Teatro Wilma Bentivegna” tinha previsão de inauguração até o início de abril.

“Encaminhamos um requerimento à Prefeitura para que ela responda quando estas obras serão entregues e qual é a razão dos atrasos”, adiantou Lisandro. “Neste momento, estamos apontando apenas aquelas que tiveram a data de entrega informada. Analisamos todas as obras que deveriam ter sido retomadas, mas que sabemos que continuam paralisadas”, afirmou o vereador.