Para aumentar a comodidade de clientes e de seus funcionários, sem comprometer o aspecto da segurança, em geral, o banco Santander iniciou o processo de retirada de portas giratórias há 12 meses. Com isso, a instituição bancária ampliou o modelo de autoatendimento, ou seja, passou a oferecer operações totalmente online e, mesmo tempo, reforçou o seu sistema de vigilância eletrônica 24h, sobretudo, no lado externo de suas agências.

            Na prática, 315 agências bancárias de um total de 3.067 lojas do banco Santander espalhadas pelo país já não possuem mais o dispositivo da porta giratória. No Alto Tietê, além de Ferraz de Vasconcelos, Poá e Suzano também aboliram esse sistema de controle de entrada dos clientes. O novo modelo nos serviços inclui disponibilidade de novas transações e funcionalidades no autoatendimento, transferências online, gerentes com autonomia para atendimento e a eliminação de 14 atividades operacionais.

            De acordo com o responsável pelo setor de segurança do Santander, Otávio Donizeti de Sá, antes da implantação da medida revolucionária, o banco gastava por dia para cobrir perdas como, por exemplo, ressarcir clientes em torno de R$155 mil. Agora, esse percentual atinge a R$4 mil, o que representa uma redução de 97%. Além disso, segundo ele, em todas as agências onde foi modernizado o sistema de autoatendimento e de segurança eletrônica não registraram nenhuma ocorrência, em 2019.

            Em contrapartida, em 2016, esse mesmo número de estabelecimentos bancários do grupo Santander sofreram 12 roubos e quatro tentativas de assalto. Em 2017, foram sete roubos e cinco tentativas. No ano passado, nenhum assalto e duas tentativas. Como o total de 3.067 agências empregam em média 12 colaboradores cada, de 2016 a 2019, o capital humano afetado por roubos ou tentativas apresentou uma diminuição de 92%. No fundo, a nova ação estratégica reduz o atrativo e espantou a bandidagem.

            Por outro lado, como Ferraz obriga a presença de porta giratória desde 1993, à agência Santander, na Avenida XV de Novembro, no centro, acabou sendo notificada por extinguir o equipamento. Agora, o banco quer que essa medida passe a ser opcional, assim como, já estabelece a legislação federal. Para tanto, Otávio de Sá, o gerente local, Vinicius Frazão e o superintendente de atendimento Cassiano Pires se reuniram com um grupo de vereadores na quinta-feira, dia 17, na Câmara Municipal, no centro.

            Na audiência, foi inclusive apresentado um esboço do texto que poderá alterar o parágrafo único do artigo 1º da lei municipal nº 2.056, de 22 de junho de 1993. Com isso, caso a proposta seja aprovada e depois sancionada pelo Poder Executivo, as agências bancárias situadas na cidade ficam dispensadas da obrigatoriedade de manter portas giratórias, isto é, a decisão torna-se facultativa, mas sem prejuízo de outros dispositivos de segurança.

Por Pedro Ferreira