Mogi das Cruzes está adotando um protocolo único para o uso da cloroquina no tratamento de pacientes infectados pelo coronavírus. A medida é uma decisão do Comitê Gestor do Coronavírus tomada em conjunto com diretores clínicos dos hospitais públicos e privados da cidade. 

A indicação do medicamento segue critérios médicos mas, de maneira geral, é adotado assim que o paciente for internado com o objetivo de prevenir eventuais complicações e, consequentemente, reduzir o número de casos que precisem de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). “Desde que haja prescrição médica e consentimento do paciente ou da família, a cloroquina já tem sido utilizada”, explicou secretário municipal de Saúde, Henrique Naufel.

O município conta atualmente com 106 leitos de terapia intensiva (50 em hospitais públicos e 56 em hospitais privados), número que já representa uma ampliação de vagas em relação ao cenário existente antes da crise. 

Outro esforço é realizado para aumentar a oferta de respiradores mecânicos para pacientes mais graves. Desde o início da pandemia, o município tem buscado estratégias para preparar o atendimento mais adequado. Para isso, foram encomendados inicialmente 23 ventiladores. “Infelizmente, a empresa nos entregou apenas 12 e já informou que não entregará os outros 11”, informou o prefeito Marcus Melo.

Há, ainda, outros 69 solicitados ao Governo do Estado, mas ainda sem previsão de entrega. Atualmente, o Hospital Municipal, onde foi implantado o Centro de Referência para Coronavírus, conta com 35 ventiladores. Outros dois serão transferidos da Unica, que não está utilizando atualmente, para o Hospital de Campanha, no suporte para eventuais emergências.

Mogi das Cruzes tem o maior número de casos confirmados de contágio por coronavírus no Alto Tietê, com 101 pacientes infectados e 12 óbitos. Do total de infectados, 53 pessoas já tiveram alta ou cura e os demais permanecem internados ou em isolamento domiciliar. Há, ainda, 93 casos suspeitos que aguardam resultados de exames.   

Secretaria de Saúde