A Prefeitura de Mogi das Cruzes elaborou um novo mapeamento dos casos positivos de Covid-19 confirmados na cidade do início da pandemia até o último dia 27 de julho. O resultado mostra que há ocorrências em praticamente todo o município, mas algumas regiões ganharam destaque por maiores incidências registradas de acordo com endereços declarados pelos pacientes.

No levantamento distrital, o distrito Sede, o maior da cidade, que engloba toda a região central em um total de 37 bairros, aparece com 1.679 casos. Em seguida aparecem os distritos de Braz Cubas (770 casos em 19 bairros), Jundiapeba (445 casos em 9 bairros), Cezar de Souza (405 casos 9 bairros), Alto Parateí (94 casos em 11 bairros), Taboão (52 casos em 6 bairros), Taiaçupeba (21 casos em 3 bairros), Biritiba Ussu (20 casos em 4 bairros), Sabaúna (20 casos em 2 bairros), Cocuera (13 casos em 2 bairros) e Quatinga (12 casos em 4 bairros).

Já no mapeamento por bairros, Jundiapeba lidera o número de casos com 185 registros, dos quais 9 pacientes foram a óbito, ou seja, um índice de letalidade de 5%. Na sequência aparecem Nova Jundiapeba e Mogi Moderno, com 150 casos cada. Nova Jundiapeba registrou 13 óbitos, o que representa um índice de letalidade de 9%, e o Mogi Moderno teve 8 óbitos (5% de letalidade). 

O bairro do Mogilar ficou em terceiro lugar com 140 casos, dos quais 9 pacientes foram a óbito (6% de letalidade). Outros oito bairros registraram mais de 100 casos do novo coronavírus: Alto Ipiranga (135), Vila Oliveira (132), Vila Cintra (128), Jardim Universo (127), Centro (126), Cezar de Souza (122), Socorro (107) e Jardim Aeroporto (100). 

A distribuição aponta a localização residencial dos pacientes que já adoeceram de acordo com os endereços declarados, mas não é possível saber onde ocorreram os contágios. Por este motivo, todos os cuidados preventivos devem ser mantidos como rotina, principalmente o distanciamento social, uso de máscara e higiene contínua das mãos.  

As regras básicas estão sendo preconizadas desde o início da pandemia e precisam ser mantidas até que surja uma vacina eficaz contra a doença. “Mogi das Cruzes elaborou precocemente uma estrutura hospitalar adequada para evitar o colapso no sistema de saúde, mas ainda não entramos no processo de diminuição dos casos, o que exige prevenção”, explica o secretário municipal de Saúde, Henrique Naufel.

Do início da pandemia até o momento, Mogi das Cruzes registrou 20.530 notificações suspeitas do novo coronavírus, das quais 4.027 casos foram confirmados e 1.791 aguardam resultados de exames. Os demais foram descartados, negativos ou dispensados de coleta. Entre os casos confirmados, 2.382 pacientes já receberam alta ou foram curados e, infelizmente, 242 pessoas foram a óbito.

O levantamento da Fundação Seade mostra que a grande maioria dos pacientes que foram a óbito por Covid-19 apresentavam algum tipo de comorbidade. A cardiopatia libera a lista de doenças pré-existentes entre as vítimas fatais, com 48,5% dos casos, seguida da diabetes, com 34,6%. A terceira principal comorbidade que levou os mogianos ao óbito pelo novo coronavírus foi a doença renal (9,3%), seguida da doença neurológica (4,2%). Outros problemas de saúde verificados entre os óbitos foram doença hepática (2,1%), obesidade (2,1%), pneumopatia (1,7%), imunodepressão (1,7%) e asma (1,3%). 

Todos os caos são monitorados pela Vigilância Epidemiológica, que conta com equipe técnica que atualiza informações diárias sobre os pacientes internados. Há também um grupo de profissionais que realiza ligações para as pessoas que estão cumprindo a quarentena em casa com objetivo de observar eventuais sintomas e orientar sobre as medidas que devem ser tomadas. 

O distanciamento social continua sendo a melhor forma de prevenir o contágio e, para quem precisar sair, o uso de máscaras continua obrigatória. Outros cuidados que devem ser adotados na rotina de toda população são a lavagem periódica das mãos e o uso de álcool gel. Em espaços públicos, é importante manter uma distância segura das outras pessoas.

Secretaria de Saúde