O sinal de internet 5G será ativado na cidade de São Paulo nesta quinta-feira (4). A liberação antecipada do sinal foi aprovada durante a 4ª Reunião Extraordinária do Grupo de Acompanhamento da Implantação das Soluções para os Problemas de Interferência na faixa de 3.625 a 3.700 MHz (Gaispi), nesta terça-feira (2).

Segundo o edital da licitação realizado no final de 2021, seriam necessárias, no mínimo, 462 estações nessa primeira fase da ativação do 5G na capital paulista, porém, a Anatel já recebeu 1.378 pedidos de licenciamento, quase o dobro do número total de antenas que deverão ser instaladas em São Paulo em 2022.

O cronograma estabelecido pelo edital aponta para os seguintes números de antenas 5G:

  • Julho de 2022: 1 Estação Rádio Base (ERB) para cada 100 mil habitantes e 154 estações por prestadora (mínimo de 462 antenas, levando em conta as três empresas que adquiriram lotes para operar em São Paulo no leilão de 5G);
  • Julho de 2023: 1 Estação Rádio Base (ERB) para cada 50 mil habitantes e 308 estações por prestadora;
  • Julho de 2024: 1 Estação Rádio Base (ERB) para cada 30 mil habitantes e 514 estações por prestadora;
  • Julho de 2025: 1 Estação Rádio Base (ERB) para cada 10 mil habitantes e 1.540 estações por prestadora.

A cobertura do sinal 5G deve variar entre prestadoras e regiões, de acordo com a diferença de estações licenciadas de cada uma. Estima-se que a cobertura possa variar entre 10% e 50% em comparação com a rede 4G.

Em São Paulo, a maior concentração de antenas está no Centro Histórico, na região da Avenida Paulista e no Itaim Bibi. Outros bairros como Aclimação, Brás e Mooca terão uma cobertura menor no início do processo de implementação.

As capitais Brasília (DF), Porto Alegre (RS), João Pessoa (PB) e Belo Horizonte (MG) já estão com o 5G liberado.

5G Standalone (SA) e Non-Standalone (NSA)

O sinal que está chegando às capitais brasileiras é o 5G standalone (SA), que é o sinal “puro” para operar na frequência de 3,5GHz. Antes disso, algumas operadoras já forneciam o 5G non-standalone (NSA), que é um sinal transmitido por antenas 4G em uma frequência menor (2,5GHz).

Basicamente, o 5G NSA entrega parte do que o 5G SA pode oferecer, já que segue utilizando a estrutura das redes 4G. Por isso que algumas pessoas relatam que em algumas regiões já tinham acesso ao 5G, elas estavam usando o 5G NSA.

“Uma rede 5G não-standalone permite a disponibilização mais rápida do 5G, já que o que acontece é a reutilização da rede de core 4G. Em uma arquitetura 5G de tipo standalone, não há dependência alguma do 4G”, explica o diretor de soluções da Nokia para América Latina, Wilson Cardoso.