Uma agenda de campanha do candidato ao governo de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) foi interrompida após uma série de tiros na manhã desta segunda-feira (17), na comunidade de Paraisópolis, na Zona Sul de São Paulo. O candidato não se feriu e um suspeito foi baleado e morreu, segundo o governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB).

Tarcísio estava participando da inauguração do primeiro polo universitário da comunidade e conversava com integrantes do projeto, no terceiro andar do prédio, quando ocorreu os disparos do lado de fora, por volta das 11h20. Segundo PMs que atuam na região, Tarcísio não era alvo dos disparos.

O secretário de Segurança Pública, general Camilo Pires de Campos, disse que o caso está sendo investigado e que “nenhuma hipótese é afastada”. Campos disse que houve disparos a cem metros do local onde estava Tarcísio e depois ocorreu um confronto entre criminosos e seguranças da campanha. Segundo o general, o suspeito morto foi identificado como Felipe Silva de Lima, de 27 anos, que tinha passagem na polícia por roubo.

No segundo andar do estabelecimento, jornalistas aguardavam o candidato para uma coletiva de imprensa, assim que os disparos começaram, a equipe de segurança do candidato e membros do projeto social pediram que os cerca de 30 presentes se abaixassem e ficassem longe das janelas.

Tarcísio deixou o local em uma van blindada, escoltado por seguranças, após a PM chegar ao local e os tiros pararem, cerca de 15 minutos após o início dos disparos. As outras pessoas presentes também foram orientadas a deixar o local às pressas.

Governador diz que não é possível falar em atentado

Em entrevista à CNN, o governador Rodrigo Garcia disse que ainda não é possível saber se o que ocorreu foi um ataque de motivação política.

“Por enquanto não dá nem para a gente de nominar isso como um atentado. Dá para denominar como uma tentativa de crime”, afirmou.

Em seu Twitter, Garcia disse que determinou “imediata investigação” e que já tinha conversado com Tarcísio.

Já o presidente Jair Bolsonaro (PL), disse que os fatos ainda eram “preliminares” e que não gostaria de se “antecipar” ao emitir juízo de valor. “Seria prematuro eu falar sobre isso”, disse ele em declaração à imprensa no Palácio da Alvorada.