A Prefeitura de Mogi das Cruzes, na região leste da Grande São Paulo, determinou que a partir desta quarta-feira (03/03) o município adotará medidas mais restritivas do que a Fase Laranja do Plano São Paulo. A decisão vem depois da constatação da ocupação total dos leitos públicos destinados aos pacientes Covid-19 na cidade.

Mogi das Cruzes vai adotar as regras da fase vermelha do Plano SP, no entanto, utilizando medidas mais duras. Apenas os serviços essenciais (como supermercados, farmácias, postos de gasolina) poderão funcionar. Templos religiosos não poderão receber fiéis neste período e as escolas poderão apenas fazer atendimento remoto.

“A medida é rígida, mas necessária: a gente sempre trabalha em cima de dados; toda decisão é pelo momento que estamos vivendo e pelo que é apontado pela Secretaria de Saúde e outros órgãos competentes. Não é uma decisão fácil – até buscamos uma alternativa para o comércio ter mais flexibilidade, mas não será possível”, disse o prefeito Caio Cunha.

O prefeito lembrou que a decisão foi debatida e validada em reunião com vereadores do município, na manhã desta terça-feira (02/03).

Na próxima segunda-feira (08/03), uma reavaliação será feita – serão levadas em consideração a situação sanitária e a ocupação dos leitos públicos dedicados aos pacientes Covid-19 – principalmente os leitos de UTI. Mogi tem 54 leitos de tratamento intensivo para estes pacientes no Hospital Municipal. A ocupação chegou a 100% na noite da segunda-feira (01/03).

Outra medida adotada pela Prefeitura foi o pedido ao Governo do Estado por mais vacinas para imunização contra a Covid-19. O Executivo municipal também apresentou à Câmara Municipal um projeto de lei para aumentar a punição para os estabelecimentos que desrespeitarem as regras sanitárias e gerarem aglomeração.

“O projeto encaminhado é uma forma efetiva de combater a Covid-19 em nossa cidade, endurecendo as multas e criando novas regras para que, se for necessário, até lacrar o estabelecimento que tenha sido autuado mais de três vezes. Estamos fazendo nossa parte, mas contamos com o apoio dos governos estadual e federal e, principalmente, com a colaboração da população”, concluiu Caio.