Em resposta ao pedido dos moradores, o IBGE readota o termo “favela” no Censo.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou na terça-feira (23 de janeiro de 2024) o retorno da denominação “Favela” no Censo. Neste momento, o termo – previamente empregado pelo instituto desde 1950 – também será acompanhado pela expressão “Comunidades Urbanas”.


Antes dessa recente modificação, eram empregados os vocábulos “Aglomerados Subnormais”, “Aglomerados Urbanos Excepcionais” e “Setores Especiais de Aglomerados Urbanos” para se referir aos locais. A alteração na metodologia foi divulgada pelo IBGE em seu relatório (veja aqui). A mudança foi efetuada a pedido dos residentes de favelas e comunidades urbanas.

Conforme o IBGE, a aceitação unânime do termo favela está “vinculado à reivindicação histórica por reconhecimento e identidade dos movimentos populares”. A nomenclatura “Favela e Comunidades Urbanas” também englobará os distintos termos utilizados em outras regiões do Brasil, como comunidades, quebradas, grotas, baixadas, alagados, vilas, ressacas, palafitas, loteamentos informais e vilas de malocas.


Segundo o relatório da ONU-Habitat (Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos) de 2022, aproximadamente 1 bilhão de pessoas residem atualmente em favelas e assentamentos informais em todo o mundo. No Brasil, conforme os dados preliminares do Censo de 2022 do instituto, há 16,6 milhões de habitantes vivendo em mais de 10.000 favelas e comunidades urbanas dispersas pelo país.