Suzano avança em tratativas pelo desassoreamento dos rios Una, Guaió, Jaguari e Taiaçupeba

A Prefeitura de Suzano está mobilizada para garantir o desassoreamento dos rios Una, Guaió, Jaguari e Taiaçupeba com o objetivo de intensificar as ações de prevenção às fortes chuvas. Depois de protocolar um pedido junto ao Departamento de Água e Energia Elétrica (DAEE) para execução do serviço, o secretário municipal de Manutenção e Serviços Urbanos, Samuel Oliveira, esteve na última terça-feira (27/02) com a superintendente da autarquia vinculada ao governo do Estado, Mara Ramos, em reunião destinada às cidades que integram o Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Condemat), realizada na zona oeste da capital paulista. Ficou acordado entre as partes que técnicos do DAEE visitarão o município na semana que vem para verificar quais trechos poderão receber as intervenções solicitadas.

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Com o objetivo de atender às exigências solicitadas, a administração municipal coletou os dados referentes à cada localidade a fim de serem utilizados pelo corpo técnico do DAEE para as avaliações que se fizerem necessárias. Em caso de atendimento da requisição, que poderá ocorrer ainda no mês de março, Suzano seria mais um município contemplado pelo programa “Rios Vivos”, que tem o objetivo de promover a revitalização de rios do Estado. A proposta apresentada para cada um dos corpos d’água citados beneficiará moradores das três regiões da cidade.

No Taiaçupeba, por exemplo, ações de desassoreamento entre o trecho do rio Tietê até a Represa Taiaçupeba diminui a chance de transbordamento do Jardim Maitê e demais localidades do entorno. Com relação ao rio Una, que corta a região central, o serviço manteria as boas condições de vias, residências e das instalações comerciais e industriais nas proximidades do rio, em dias de chuvas fortes. Já a remoção de resíduos acumulados no fundo do rio Jaguari evitaria o impacto das chuvas na região norte, e, no caso do Guaió, preservaria os bairros Jardim Quaresmeira, Jardim Monte Cristo e Jardim Suzanópolis.

Em setembro de 2023, uma equipe do DAEE conferiu de perto a parte do rio Guaió que fica a poucos metros da avenida Major Pinheiro Fróes (SP-66), no acesso para o Trecho Leste do Rodoanel Mário Covas (SP-21). O grupo também esteve no trecho do Taiaçupeba, no limite com Mogi das Cruzes.

O secretário destacou os avanços das conversas com o órgão estadual para a execução dos serviços de desassoreamento. “Protocolamos o pedido de análise e intervenção e vamos ter a satisfação de receber os técnicos do DAEE pela segunda vez em nossa cidade. Na primeira oportunidade, eles nos informaram que as requisições seriam devidamente estudadas, porém reforçamos na ocasião a necessidade dos serviços nestes locais. Vamos trabalhar para que, em algumas semanas, possamos ter informações importantes sobre a definição das atividades e dos locais que serão contemplados pelo programa ‘Rios Vivos’. Agradecemos a atenção com o nosso município e com a nossa população”, avaliou o chefe da pasta.

A demanda de Suzano conta com o apoio da região, por meio do Condemat, que também esteve representado na reunião desta terça-feira pelo presidente da entidade regional e prefeito de Salesópolis, Vanderlon Gomes, e pelo prefeito de Itaquaquecetuba, Eduardo Boigues, entre outras presenças. Na oportunidade, ainda foram apresentadas às autoridades, pelo DAEE, as informações referentes ao desassoreamento do rio Tietê.

Rio Tietê

O DAEE iniciou em 19 de dezembro do ano passado os trabalhos de desassoreamento do rio Tietê em Suzano, por meio do programa “IntegraTietê”, da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística. Pedido constante do prefeito Rodrigo Ashiuchi ao Palácio dos Bandeirantes, a obra terá duração de 30 meses e possui fundamental importância para evitar o transbordamento do rio nos períodos de chuvas intensas, não só no município, mas em todo o Alto Tietê, sobretudo nos bairros que margeiam o traçado do corpo d’água.

Ao longo do período, estão previstos serviços em dois trechos do rio: o primeiro deles tem 14,9 quilômetros de extensão e parte do ribeirão Taiaçupeba-Mirim até o limite de Itaquaquecetuba com Poá. A previsão é de que sejam removidos cerca de 315 mil metros cúbicos (m³) de sedimentos e 7,2 toneladas de vegetação aquática neste local. Já o segundo possui 13,3 quilômetros, saindo da foz do mesmo rio até o córrego Ipiranga, na vizinha Mogi das Cruzes. O DAEE espera remover aproximadamente 280 mil m³ de sedimentos e 1,4 tonelada de vegetação. O processo deverá retirar 595 mil m³ de sedimentos, o equivalente ao trabalho de 35 mil caminhões basculantes de 17 m³ cada.

Um terceiro trecho, que também passará por desassoreamento, vai aprimorar o escoamento da água para o sentido oeste do rio. Este tem 16 quilômetros, abrangendo o trecho entre Poá e Itaquá e a foz do córrego Três Pontes, que divide Itaquá e São Paulo. No ponto citado, é esperada a retirada de aproximadamente 353 mil m³ de sedimentos e 11,5 toneladas de vegetação aquática.