Renan Bolsonaro é alvo de operação e tem o celular apreendido

Na manhã desta quinta-feira (24), foram realizadas apreensões que incluem um telefone celular, um disco rígido e algumas notas com registros eleitorais pertencentes a Jair Renan Bolsonaro. O filho conhecido como “04” foi alvo de ordens judiciais de busca e apreensão como parte da operação Nexum, conduzida pela Polícia Civil do Distrito Federal. As autoridades estão atualmente investigando alegações de um esquema envolvendo práticas de estelionato, falsificação de documentos, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro.

Admar Gonzaga, o advogado que representa Jair Renan, compartilhou com a coluna que seu cliente está em um estado de serenidade. Ele acrescentou que é crucial considerar o contexto completo, já que o alvo principal seria outra pessoa que anteriormente atuava como instrutor de tiro para Renan. O advogado, que assumiu o caso recentemente, ressaltou que qualquer indivíduo pode inadvertidamente se tornar vítima de falsificação. Ele enfatizou que Renan está enfrentando a situação com calma.

O advogado também mencionou que está a caminho de Santa Catarina para encontrar-se com o filho de Bolsonaro. Além disso, ele solicitou acesso aos registros do caso a fim de compreender as razões por trás do mandado emitido contra Jair Renan. De acordo com Admar Gonzaga, as anotações encontradas nos documentos apreendidos de Jair Renan dizem respeito ao quociente eleitoral da última eleição.

No total, as autoridades estão executando sete ordens de busca e apreensão, juntamente com dois mandados de prisão, abrangendo áreas tanto em Brasília quanto em Balneário Camboriú, no estado de Santa Catarina.

A figura central da ação policial parece ser o alegado arquiteto do plano, que já enfrentou o foco das ações policiais em duas ocasiões distintas ao longo deste ano por parte da Polícia Civil do Distrito Federal – as operações “Succedere” e “Falso Coach”. Com 41 anos de idade, Maciel Carvalho, que anteriormente desempenhava o papel de instrutor de tiro de Jair Renan e foi detido no mês de janeiro, surge como essa figura central.

Maciel, que mantém um mandado de prisão preventiva contra si, é o indivíduo visado pela ordem de detenção. Um segundo indivíduo sob investigação teve um mandado de prisão emitido, porém, encontra-se em fuga e também é procurado em relação a um caso de homicídio ocorrido em Planaltina/DF.

O grupo supostamente opera por meio de um testa-de-ferro e empresas fictícias. Sob a identidade falsa de Antônio Amâncio Alves Mandarrari, eles abririam contas bancárias e se apresentariam como proprietários de empresas usadas para fins de ocultação.

Os envolvidos são acusados de fabricar registros de receitas e outros documentos relacionados às empresas sob investigação, fazendo uso de informações de contabilistas sem a devida autorização.

Os alvos dessa operação são suspeitos de uma série de crimes, incluindo falsificação ideológica, associação criminosa, estelionato, infrações contra as normas tributárias e lavagem de dinheiro.

De acordo com um comunicado oficial da Polícia Civil do Distrito Federal, “o indivíduo principal alvo desta operação e suposto mentor do esquema acumula passagens criminais por falsificação de documentos, estelionato, atividades em organização criminosa, peculato, lavagem de dinheiro, corrupção ativa, uso de documento falsificado e disparo de arma de fogo, tendo sido alvo de duas operações por parte da PCDF somente no ano de 2023.”

Os investigadores divulgaram que os itens confiscados durante ambas as operações abriram um novo capítulo em suas investigações, desvendando um esquema fraudulento abrangendo delitos como estelionato, falsificação de documentos, evasão fiscal e lavagem de dinheiro. O propósito final desse esquema era proteger o patrimônio dos envolvidos.

A declaração oficial da polícia também esclarece que “a investigação apontou para a existência de uma associação criminosa cuja estratégia para obter vantagens financeiras indevidas envolvia a inserção de um terceiro, conhecido como testa de ferro ou laranja, visando ocultar a identidade real do proprietário das empresas fictícias ou empresas de fachada. Essas empresas eram utilizadas pelo indivíduo central da investigação e seus cúmplices.”