O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reagiu nesta segunda-feira (30) às críticas feitas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), anunciado pelo Governo Federal. Durante o lançamento do Plano Safra, em Brasília, Haddad afirmou que “pode gritar” quem estiver insatisfeito, e que o governo não vai se intimidar diante das reações negativas.
“Vamos continuar fazendo justiça social, pode gritar, pode falar, vai chegar o momento de debater. Mas temos de fazer justiça no Brasil. Nós não podemos nos intimidar na busca de justiça”, declarou o ministro, destacando que o foco é reduzir desigualdades tanto no campo quanto nas cidades.
As falas de Haddad ocorrem após Bolsonaro criticar, nas redes sociais, o que classificou como uma “nova onda de aumento de impostos” promovida pelo governo Lula (PT). Em resposta, o ministro acusou o ex-presidente de hipocrisia ao falar sobre carga tributária.
“Qual o aumento mais cruel de imposto que um presidente pode fazer? Ele ficou quatro anos sem reajustar a tabela do Imposto de Renda. Simplesmente pela crueldade de congelar a tabela. Quatro longos e tristes anos da história do Brasil”, afirmou Haddad.
O ministro também reforçou a intenção do governo de isentar do Imposto de Renda quem recebe até R$ 5 mil por mês, medida que, segundo ele, corrige distorções históricas do sistema tributário.
Haddad ainda acusou Bolsonaro de beneficiar os mais ricos com “brechas” legais e afirmou que o governo atual continuará atuando para eliminar essas distorções. “Vamos fechar todas as brechas que são criadas por ‘jabutis’”, concluiu.