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Esquema bilionário: empresa ligada a fraudes movimentou R$ 7 bilhões antes da Operação Azimut

Operação Azimut: oito presos e ação em duas cidades

A Polícia Civil de São Paulo deflagrou nesta terça-feira (9) a Operação Azimut, ação que mira um grupo responsável por furtar R$ 20 milhões de uma empresa de meios de pagamento. Oito suspeitos foram presos durante a ofensiva, que contou com mandados cumpridos na capital paulista e em Campinas. A investigação é conduzida pela Divisão de Crimes Cibernéticos (DCCIBER) do Deic, com a participação de 40 policiais.


Como funcionava o esquema de fraude

Segundo a polícia, o grupo utilizava credenciais reais de clientes da empresa vítima para acessar contas e realizar transferências bancárias ilegais. A companhia fornecia serviços como Pix, cartões, carteiras digitais e pagamentos via QR Code. Com os dados obtidos, os criminosos desviavam valores para empresas criadas ou controladas pela própria organização.

Uma dessas empresas recebeu R$ 7 milhões diretamente das transações fraudulentas e movimentou quase R$ 7 bilhões em dois anos, segundo os investigadores. Além dela, um escritório de contabilidade também é investigado por auxiliar na estruturação das empresas usadas para lavar dinheiro e ocultar a origem dos recursos.


Alvos e mandados cumpridos

A operação cumpriu 12 mandados de prisão temporária — nove em São Paulo e três em Campinas — além de 12 mandados de busca e apreensão em diversos endereços ligados aos investigados. As movimentações financeiras e documentos apreendidos agora passam por análise para ampliar o entendimento sobre a atuação do grupo.


Desdobramento de investigações anteriores

A ação desta terça-feira é um desdobramento de uma operação realizada em julho, quando três pessoas foram presas. De acordo com a Polícia Civil, esses primeiros detidos atuavam como laranjas e eram responsáveis por movimentar recursos para os reais líderes do esquema.

A nova etapa revelou uma estrutura criminosa mais ampla, com divisão de funções, empresas de fachada e movimentações bilionárias destinadas a camuflar os desvios.


Crimes atribuídos ao grupo

Os investigados respondem por furto qualificado, estelionato, organização criminosa e lavagem de dinheiro. As autoridades acreditam que o prejuízo total pode ser ainda maior que os R$ 20 milhões identificados até agora.


Próximos passos da investigação

A Polícia Civil continuará analisando os computadores, documentos e dados bancários apreendidos para identificar outros possíveis envolvidos e rastrear o caminho completo do dinheiro desviado. A estimativa é de que novas fases da Operação Azimut sejam realizadas caso surjam novos elementos.