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Padre Júlio afirma que trabalho da Pastoral de Rua sofre ataques organizados

Em sua primeira missa dominical após a proibição de transmissões do rito pela internet, o padre Júlio Lancellotti afirmou que o trabalho desenvolvido pela Pastoral de Rua tem sido alvo de ataques e articulações contrárias às ações sociais realizadas junto à população em situação de rua.

A declaração foi feita ao final da celebração, quando o religioso comentou o momento vivido pela pastoral e mencionou a existência de pessoas que estariam se organizando para deslegitimar as iniciativas sociais.


Declaração ocorre após restrições impostas pela Arquidiocese

A fala do padre ocorre dias depois de a Arquidiocese de São Paulo determinar a suspensão das transmissões das missas celebradas por ele nas redes sociais. A decisão gerou ampla repercussão e reacendeu debates sobre o papel social da Igreja e a atuação pastoral junto a grupos vulneráveis.

Durante a missa, Júlio afirmou que, enquanto parte da comunidade se reúne para rezar e fortalecer laços, outros se mobilizam para atacar e disseminar discursos de ódio contra o trabalho realizado.


Pastoral de Rua atende pessoas em situação de vulnerabilidade

O padre destacou as atividades desenvolvidas pela Pastoral de Rua e por projetos sociais vinculados à Igreja, como centros de acolhimento e casas de apoio que oferecem alimentação, abrigo e assistência a pessoas em situação de vulnerabilidade.

Segundo ele, muitas críticas partem de pessoas que não conhecem a trajetória e o alcance das ações realizadas ao longo dos anos. O religioso reforçou que as atividades podem ser acompanhadas de perto por quem desejar conhecer o trabalho.


Ações sociais são mantidas por doações

Durante sua fala, padre Júlio ressaltou que os projetos sociais mantidos pela pastoral não recebem recursos do poder público. Ele citou, como exemplo, a produção diária de pães distribuídos a diferentes comunidades, realizada com base exclusivamente em doações.

O padre afirmou que o funcionamento das iniciativas depende da colaboração voluntária de fiéis e apoiadores, o que, segundo ele, reforça o caráter comunitário do trabalho.


Defesa de grupos historicamente discriminados

Na homilia, Júlio Lancellotti voltou a defender publicamente grupos historicamente discriminados, como pessoas em situação de rua, trabalhadores sem terra, povos indígenas, população negra, mulheres e comunidades afetadas por conflitos internacionais.

Ele afirmou que seguirá ao lado desses grupos até o fim, mesmo diante de críticas, ataques ou tentativas de desqualificação de sua atuação religiosa e social.


Missa foi transmitida por coletivo independente

Apesar da proibição de utilizar canais próprios nas redes sociais, a celebração foi transmitida ao vivo por um coletivo de comunicação independente, ampliando o alcance da missa e das declarações do padre.

Até o momento, não houve posicionamento público oficial da Arquidiocese de São Paulo sobre as declarações feitas durante a celebração.