A investigação inicialmente direcionada à promoção de um golpe de Estado por parte de alguns dos empresários mais proeminentes do país encontrou um exemplo claro da maneira como o ex-presidente Jair Bolsonaro mesmo se envolvia em disseminar desinformação e lançar ataques contra as instituições do país.
Esse processo de averiguação teve início no ano de 2022, após o portal Metrópoles revelar diálogos que indicavam apoio a um golpe no caso de Luiz Inácio Lula da Silva sair vitorioso, em um grupo frequentado por empresários renomados. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, concedeu autorização para realizar buscas e apreensões de dispositivos móveis e outros itens pertencentes a oito desses investidores.
Na segunda-feira passada, em 21 de agosto, o ministro decidiu que dois desses empresários, Meyer Nigri, fundador da Tecnisa, e Luciano Hang, da Havan, permaneceriam como alvos das investigações, enquanto as acusações contra os outros seis indivíduos foram arquivadas.
O ministro chegou à conclusão de que, embora os empresários tivessem de fato consumido e compartilhado informações falsas, essas ações estavam dentro dos limites permitidos pela liberdade de expressão.