O magnata bilionário Elon Musk expressou nesta quarta-feira sua perplexidade diante da suposta vinculação de sua plataforma X, anteriormente conhecida como Twitter, à invasão da conta da primeira-dama Janja Lula da Silva na rede social. Após esta última afirmar sua intenção de processar a empresa pelo incidente, Musk destacou que “não está claro” como a responsabilidade recai sobre sua plataforma, sugerindo que a invasão resultou simplesmente da descoberta da senha de Janja por um usuário.
No desenrolar da semana passada, a conta de Janja no X foi alvo de um hackeamento, culminando na publicação de mensagens ofensivas tanto a ela quanto ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em uma transmissão ao vivo ao lado de Lula na terça-feira, a primeira-dama anunciou sua intenção de processar a plataforma e defendeu a responsabilização das redes sociais pelos atos de seus usuários.
Musk, por sua vez, questionou a atribuição de culpa à sua plataforma, declarando em uma postagem no X: “Não está claro como alguém adivinhar a senha dela é nossa responsabilidade“. Este argumento sugere que a invasão da conta de Janja foi resultado da mera descoberta da senha por parte de um usuário, não envolvendo uma falha de segurança da plataforma.
Posteriormente ao incidente, a Polícia Federal lançou a Operação X1 para investigar a invasão e o uso indevido do perfil da primeira-dama para a postagem de mensagens “de caráter ofensivo contra autoridades públicas federais”. Seis mandados de busca e apreensão foram cumpridos, sendo dois no Distrito Federal e quatro em Minas Gerais. Apesar de a PF não ter divulgado oficialmente suspeitos ou detalhes sobre a invasão da conta no X, o presidente Lula mencionou durante a transmissão que um adolescente de 17 anos é investigado como um dos responsáveis.
Além disso, a primeira-dama criticou a demora da plataforma em congelar sua conta, atribuindo parte da responsabilidade ao próprio Musk. Ela afirmou que o Twitter demorou a agir, permitindo que Elon Musk enriquecesse durante o período em que sua conta estava comprometida. Janja também defendeu a necessidade de regulamentação das redes sociais e a discussão sobre sua monetização, argumentando que as plataformas não devem operar “acima de qualquer coisa”.
Texto por: Redação