Valdemar Costa Neto é detido por posse irregular de arma de fogo durante buscas em operação contra golpistas

O líder do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto, foi detido em flagrante nesta quinta-feira (8) em Brasília, por posse irregular de arma de fogo.

A detenção ocorreu durante buscas realizadas pelos policiais federais em um dos locais vinculados a Valdemar Costa Neto, como parte da operação que investiga a possível participação do ex-presidente Jair Bolsonaro, ex-ministros e ex-assessores em um plano de golpe de Estado durante as eleições de 2022.

Aproximadamente às 11h10 desta quinta-feira, Valdemar encontrava-se na sede da Polícia Federal para os procedimentos relacionados ao flagrante. Não está claro se o político permanecerá detido ou será liberado após prestar esclarecimentos.

Conforme informações preliminares apuradas pelo blog, a arma localizada no endereço de Valdemar apresentava documentação vencida e estava registrada em nome do filho do político.

Operação para investigar tentativa de golpe

A ação conduzida pela Polícia Federal nesta quinta-feira tem como alvos o ex-presidente Jair Bolsonaro, ex-ministros e militares. A investigação visa apurar uma possível tentativa de golpe para manter o ex-presidente no poder.

Bolsonaro teve seu passaporte confiscado, impedindo-o de sair do país, e foi proibido de comunicar-se com outros investigados, de acordo com a decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes. Três militares e um ex-assessor de Bolsonaro foram alvos de mandados de prisão, enquanto ex-ministros e outros membros das Forças Armadas foram alvos de mandados de busca.

As investigações indicam que membros do governo Bolsonaro estavam planejando a prisão dos ministros do Supremo Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, assim como do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.

A operação da PF teve como alvos figuras como o general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), o general Braga Netto, ex-ministro da Defesa, e Valdemar da Costa Neto.

O relatório da investigação indica que Bolsonaro e os militares atuavam em seis núcleos. Uma área de inteligência paralela monitorava ilegalmente as autoridades na mira do governo. A PF também encontrou a gravação de uma reunião para discutir o golpe, apreendida no computador de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente.