Vereador ferrazense apresenta moção de repúdio à privatização da CPTM

            Bastou o governo paulista autorizar recentemente a contratação de uma consultoria especializada para elaborar o processo de privatização da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) para que movimentos contrários começassem a eclodir no estado, sobretudo, de sindicalistas. Em Ferraz de Vasconcelos, a decisão poderá ser discutida durante a aprovação ou não de uma moção de repúdio pela Câmara Municipal em breve. O estudo de viabilidade inclui também a venda da Sabesp.

            O documento criticando a medida consentida pelo governador Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) foi apresentado pelo vereador petista Claudio Ramos Moreira na sessão ordinária, na terça-feira, dia 18. Assim, o texto foi encaminhado para as comissões competentes da Casa, que agora analisam o caráter legal da proposta. Para o autor, a expectativa é que a matéria receba o parecer favorável dos colegiados e depois seja votada em única discussão pelo plenário.

            Segundo ele, um dos trunfos argumentados pelos opositores da teoria do estado mínimo, o que inclui necessariamente a privatização de empresas públicas como, por exemplo, é o caso da CPTM é a própria terceirização das linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda, hoje, operadas pelo Via Mobilidade. Na realidade, todos os dias as composições desses dois itinerários apresentam problemas relacionados à descarrilamento e a falta de energia elétrica, entre outros contratempos.

            Com isso, milhares de passageiros acabam sendo prejudicados diariamente. Além disso, avaliou Claudio Ramos, este modelo de privatização também contribuiu para precarizar a relação de trabalho entre os funcionários da Via Mobilidade em comparação com os empregados da CPTM. “Desta forma, fica mais do que comprovado que a concessão desse serviço público não é a saída”, diz o petista. Ele acrescentou ainda que o próprio Ministério Público Estadual (MPE) já pediu a anulação do contrato.

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