O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a se pronunciar nesta terça-feira (15/7) em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), após ser questionado por jornalistas na Casa Branca sobre o andamento do processo contra o ex-chefe do Executivo brasileiro. Em sua declaração, Trump afirmou que Bolsonaro “não é seu amigo”, mas o conhece e acredita que ele agiu com firmeza em prol do Brasil.
A fala ocorre após a Procuradoria-Geral da República (PGR) encaminhar ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido de condenação de Bolsonaro por três crimes: tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e participação em organização criminosa. A ação judicial está ligada aos eventos de 8 de janeiro de 2023, quando apoiadores de Bolsonaro invadiram as sedes dos Três Poderes em Brasília.
Trump classificou o julgamento como uma “caça às bruxas”, expressão que já utilizou anteriormente para se referir a investigações e processos que enfrentou nos Estados Unidos. “Ele não é meu amigo, mas é alguém que conheço. Representa milhões de brasileiros, pessoas maravilhosas. Ama o Brasil e lutou muito por essas pessoas. Agora querem prendê-lo. Isso me parece uma caça às bruxas, e acho muito triste”, afirmou o líder norte-americano.
A declaração reacende a proximidade ideológica entre Trump e Bolsonaro, que sempre buscaram manter relações políticas e retóricas alinhadas, especialmente em temas como nacionalismo, conservadorismo e críticas ao sistema judicial. A defesa de Trump ocorre em um momento de crescente tensão no cenário político brasileiro, com o avanço de investigações envolvendo aliados do ex-presidente e a possibilidade de uma condenação com consequências eleitorais e penais.
Até o momento, Bolsonaro nega todas as acusações e afirma ser alvo de perseguição política. Seu entorno político também tem feito críticas recorrentes ao STF e ao que chamam de “criminalização da direita no Brasil”.