O que começou como uma tentativa de se enturmar na adolescência resultou em um diagnóstico que mudou a vida da brasiliense Laura Beatriz Nascimento, de 27 anos. A jovem foi diagnosticada com câncer no pulmão no fim de 2024, após anos de uso de cigarros eletrônicos.
A primeira experiência de Laura com a nicotina ocorreu aos 14 anos, influenciada por amigos fumantes. Segundo ela, o consumo de cigarros era esporádico na época. No entanto, a situação mudou em 2016, durante um intercâmbio na Nova Zelândia, quando conheceu o cigarro eletrônico.
“Passei a fumar com mais frequência, tanto vape quanto cigarro tradicional”, conta.
Ao retornar ao Brasil, no ano seguinte, Laura abandonou os cigarros convencionais e passou a utilizar ocasionalmente o tabaco, principalmente em situações sociais. “Quando voltei pra cá, peguei ranço de cigarro. Passei a fumar apenas tabaco, principalmente quando eu bebia”, relata.
Populares entre os jovens, os cigarros eletrônicos vêm ganhando espaço no Brasil, apesar das advertências médicas. Vendidos como uma alternativa menos prejudicial ao cigarro tradicional, os vapes contêm diversas substâncias tóxicas que podem causar doenças pulmonares graves e problemas cardiovasculares, especialmente com o uso prolongado.
O caso de Laura acende um alerta sobre os riscos do uso contínuo desses dispositivos, especialmente entre os mais jovens.