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Após cirurgia, Bolsonaro pode passar por bloqueio no nervo frênico para tratar crises de soluços

Procedimento avaliado pela equipe médica busca aliviar quadro persistente; ex-presidente segue internado e deve iniciar fisioterapia

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) poderá ser submetido a um bloqueio anestésico do nervo frênico para tratar crises persistentes de soluços que vêm causando preocupação recorrente à equipe médica. A decisão sobre a realização do procedimento deve ser tomada após uma avaliação prevista para a próxima segunda-feira (29).

Bolsonaro passou por uma cirurgia para correção de hérnia inguinal bilateral na quinta-feira (25). O procedimento transcorreu dentro do previsto, sem intercorrências, teve duração aproximada de quatro horas e corrigiu tanto a hérnia do lado direito — considerada mais avançada — quanto a do lado esquerdo, ainda em estágio inicial.


O que é o bloqueio do nervo frênico

O nervo frênico é responsável por controlar o diafragma, músculo essencial para a respiração. O bloqueio anestésico consiste em uma anestesia temporária do nervo, com o objetivo de interromper os estímulos que causam os soluços.

Apesar de ser considerado um procedimento invasivo, a equipe médica avalia que ele é seguro, embora envolva riscos. Entre as possíveis complicações está a paralisia temporária do diafragma, o que pode provocar dificuldade respiratória. Caso isso ocorra, pode ser necessário suporte ventilatório artificial até o fim do efeito do anestésico.


Cuidados no pós-operatório

Nos próximos dias, os médicos priorizam a otimização da medicação, ajustes na dieta e a observação da evolução clínica antes de qualquer nova intervenção. A expectativa é que Bolsonaro inicie sessões de fisioterapia a partir desta sexta-feira (26), além de receber analgesia e medidas preventivas contra trombose venosa.

De acordo com a equipe, o ex-presidente não necessita de permanência em UTI e segue em observação no quarto.


Apneia do sono preocupa familiares

Durante o pós-operatório, familiares relataram episódios frequentes de apneia do sono, com um número elevado de pausas respiratórias por hora. A condição está sendo monitorada de perto, já que pode agravar o quadro clínico se não acompanhada adequadamente.


Tempo de internação e alta hospitalar

A previsão inicial é que Bolsonaro permaneça internado entre cinco e sete dias, período que pode ser ampliado caso o bloqueio do nervo frênico seja realizado. A alta hospitalar dependerá da recuperação clínica e da capacidade do ex-presidente de retomar atividades básicas de autocuidado.

Ainda não há definição sobre eventuais desdobramentos jurídicos após a internação, já que qualquer decisão dependerá diretamente da evolução do quadro de saúde nos próximos dias.