A partir do dia 14 e até o dia 24 de março, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo mobilizará os 645 municípios paulistas para o “Dia S” contra o sarampo e a rubéola. A iniciativa tem como objetivo identificar casos suspeitos de enfermidades que não foram detectados pelo sistema de saúde ou pelo sistema integrado de vigilância.
Com o objetivo de alertar e conscientizar a população sobre a possibilidade de patologias, os agentes de saúde da prefeitura realizarão visitas familiares. Além de identificar os casos, será documentada a ausência de circulação do vírus, o que manterá a eliminação das doenças em todo o território estadual.
A diretora do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE), Tatiana Lang D’Agostini, explica a importância da busca ativa para a contenção do vírus. “O Estado não registrou casos de sarampo em 2023. O último caso de rubéola registrado foi em 2008. As duas doenças são altamente contagiosas, por isso essa atividade é fundamental para identificar, de forma efetiva, casos suspeitos, além de limitar a possibilidade de casos secundários e alertar para o risco de transmissão do vírus de um local para outro”, afirma.
A iniciativa nacional abrange três tipos de busca ativa. A primeira é conhecida como Prospectiva, onde os serviços de saúde detectam indivíduos com sinais e sintomas de sarampo ou rubéola. Eles asseguram que os incidentes sejam notificados de forma imediata e consolidados semanalmente para a notificação do serviço de vigilância. Essa atividade é executada em diversos locais, como hospitais, locais de trabalho, residências e escolas.
Já na busca Retrospectiva, é feito levantamento de fontes de informação como prontuários clínicos e fichas de atendimento em serviços de saúde, fichas do Laboratório Central de Saúde Pública, para buscas institucionais; e busca por indivíduos que apresentaram sinais e sintomas na comunidade nos últimos 30 dias.
Na busca Laboratorial, é feita a análise de casos em que se descartou a infecção por arbovírus (dengue, zika e chikungunya), para que sejam avaliados para sarampo e rubéola, tendo em vista as semelhanças entre o quadro clínico destas doenças. Essa metodologia deve ser realizada em municípios que estão em início ou fase final de surto, e nos chamados “municípios silenciosos”, onde não há nenhuma notificação de caso suspeito.
Capacitação
O Estado de São Paulo realizou capacitações de “Busca Ativa” comunitária e institucional de faltosos de vacinação, numa parceria CVE, Conselho de Secretários Municipais de Saúde (Cosems-SP), e SAP.
Encontros macrorregionais para atualização dos profissionais de saúde sobre a situação epidemiológica do sarampo/rubéola (vigilância, imunização e diagnóstico laboratorial) são realizados periodicamente com avaliações semestrais dos critérios de eliminação do sarampo, indicadores de vigilância e busca ativa.
Prevenção
A vacinação é a forma mais efetiva de prevenção. A população de 1 a 29 anos deve receber duas doses, sendo a primeira com a tríplice viral aos 12 meses e a segunda aos 15 meses com a tetraviral ou tríplice viral + varicela. Já entre os 30 a 59 anos, uma dose da vacina tríplice viral, se não vacinado anteriormente.
Os trabalhadores da saúde devem receber duas doses da vacina tríplice viral independentemente da idade. Com intervalo de 30 dias entre as doses.
A vacina tríplice viral é contraindicada durante a gestação. As gestantes não vacinadas ou com esquema incompleto deverão receber a vacina no puerpério.
Saiba como identificar os sintomas de Sarampo
Exantema (manchas vermelhas) no corpo e febre alta (acima de 38,5°) acompanhada de um ou mais dos seguintes sintomas:
Tosse seca
Irritação nos olhos (conjuntivite)
Nariz escorrendo ou entupido
Saiba como identificar os sintomas das Rubéola
Febre
Dor de cabeça
Exantema (manchas rosadas)
Manchas rosadas
Gânglios cervicais aumentados