Os trabalhadores que ganham até dois salários mínimos não serão mais tributados pelo Imposto de Renda, uma medida necessária após o reajuste do salário mínimo para R$ 1.412.
Nesta terça-feira, o governo divulgou as novas faixas de desconto do Imposto de Renda, ajustadas de acordo com o aumento do salário mínimo. Mas como isso afetará a retenção com a nova faixa de isenção? Na prática, todos os trabalhadores, inclusive aqueles que recebem acima de R$ 2.824 (o equivalente a dois salários mínimos), pagarão menos Imposto de Renda a partir de março.
Essa atualização na faixa de isenção foi implementada pelo governo para manter a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até dois salários mínimos. No entanto, como a tabela do IR é progressiva, ou seja, o imposto é calculado com base em faixas de renda, esse benefício acaba impactando todos os demais contribuintes.
Na prática, o limite para ser totalmente isento de IR, que permanecia congelado em R$ 1.903,98 desde 2015, subiu em 2023 para R$ 2.640 mensais e, agora, para R$ 2.824.
Essa mudança ampliará a isenção por dois fatores:
- Faixa de isenção: A primeira faixa da tabela do IR, onde não há cobrança de imposto, passa a ser de R$ 2.259,20. Até o ano anterior, era de R$ 2.112. Essa correção afeta todos os contribuintes, independentemente de seus rendimentos, devido aos efeitos da tabela progressiva.
- Abatimento extra: Além da correção da faixa de isenção, será aplicado um abatimento adicional no recolhimento do imposto, totalizando R$ 564,80. Dessa forma, quem recebe R$ 2.824 ficará isento.
O abatimento de R$ 564,80 é opcional e corresponde à alíquota padrão de redução da base de cálculo do IR, prevista na legislação para quem opta pela declaração simplificada anual do Imposto de Renda. Isso representa uma antecipação desse abatimento.
Os contribuintes que têm direito a deduções maiores com Previdência Social e dependentes continuarão desfrutando de um abatimento maior do que os R$ 564,80 na fonte.
O governo não fez alterações nas outras faixas da tabela progressiva de desconto do IR, que permanecem as mesmas desde 2015.
Texto por: Redação
