Prédio que sofreu danos estruturais no litoral de SP é interditado

Fotos capturadas pelo G1 nesta quarta-feira (14) revelam os estragos nas colunas do edifício residencial que exigiu evacuação de emergência em Praia Grande, no litoral de São Paulo. A área permanecerá completamente interditada até que o condomínio forneça uma série de documentações técnicas.

Os habitantes do Edifício Residencial Giovannina Sarane Galavotti foram surpreendidos por estrondos e evacuaram o local nesta terça-feira (13). O Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil foram chamados e confirmaram os danos nas colunas. O edifício possui um total de 23 andares e 133 apartamentos, sendo entregue em 2011 na Avenida Jorge Hagge, no bairro Aviação, a apenas uma quadra da praia.

As imagens adquiridas pela reportagem evidenciam que uma porção do cimento das colunas se desintegrou e caiu no solo, expondo as barras de sustentação. O capitão do Corpo de Bombeiros, Thiago Duarte, declarou que ocorreu um cisalhamento, caracterizado pela ruptura dos pilares devido a esforços.

O profissional explicou que, nas imagens, é visível o encurvamento das barras de sustentação, resultando na quebra de parte do cimento. “Estava realizando mais esforços do que ele aguentaria”

A Prefeitura de Praia Grande comunicou, por meio de nota, que o edifício permanecerá sob interdição até que todas as documentações técnicas necessárias sejam apresentadas. “O condomínio já foi notificado pela Prefeitura para apresentar a documentação. A partir desta etapa o material será analisado pela Secretaria de Urbanismo e Defesa Civil da Cidade”.

A Administração Municipal ressaltou a necessidade da interdição devido aos danos estruturais identificados durante a inspeção. Contudo, foram implementadas medidas para assegurar a segurança. “Ocorreu o escoramento dos pavimentos onde houve o sinistro das pilastras no subsolo, térreo, G1 e G2”, esclareceu a prefeitura.

Uma medida adotada foi a drenagem da caixa d’água do edifício, visando diminuir a carga total sobre as pilastras.

Moradores

Segundo informações obtidas pelo G1, após a inspeção da Defesa Civil, os residentes ainda tiveram permissão de acessar suas moradias nesta terça-feira (13) para recuperar itens pessoais essenciais.

“Os moradores realizaram uma subida controlada em etapas com a equipe do Corpo de Bombeiros para retirar animais, documentos e itens pessoais”, explicou a Prefeitura de Praia Grande.

Posteriormente, os moradores evacuaram o local e encontraram abrigo nas residências de familiares e amigos. O G1 investigou com o condomínio, e foi informado que a construtora fornecerá assistência adequada às famílias assim que os laudos necessários forem emitidos.

O que aconteceu?

Um edifício de 23 andares e 133 unidades residenciais foi rapidamente desocupado devido a danos estruturais em três colunas na terça-feira (13). Conforme avaliação do Corpo de Bombeiros, uma inspeção destacou os prejuízos nas pilastras do prédio, que possui 19 andares destinados à habitação.

“A primeira preocupação era retirar os moradores”, explicou o capitão do Corpo de Bombeiros, Thiago Duarte. “Foram constatadas três colunas rompidas. Agora está sendo feito o trabalho de escoramento para que os esforços das demais colunas [que não sofreram danos] sejam divididos”.

Construtora

Por meio de seus representantes, a Construtora e Incorporadora de Imóveis JR Ltda. comunicou, em nota, estar ciente do incidente envolvendo o Residencial Giovannina Sarane Galavotti e agiu prontamente, deslocando engenheiros e técnicos para identificar suas causas. A construtora reiterou o compromisso de prestar assistência aos condôminos assim que os laudos forem emitidos, não se eximindo dessa responsabilidade.