O Censo Demográfico de 2022, divulgado recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelou que o Brasil possui 2,4 milhões de pessoas diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), representando 1,2% da população nacional.
Esta é a primeira vez que o IBGE coleta dados específicos sobre o autismo, em cumprimento à Lei 13.861/2019, que determina a inclusão dessas informações nos censos demográficos. A divulgação desses dados é fundamental para a formulação de políticas públicas voltadas à inclusão e ao suporte adequado para pessoas com TEA
👥 Perfil demográfico
Gênero: A prevalência é maior entre os homens (1,5%) do que entre as mulheres (0,9%).
Faixa etária: A maior concentração de diagnósticos ocorre entre crianças de 5 a 9 anos, com 3,8% dos meninos e 1,3% das meninas nessa faixa etária.
Raça/Cor: A prevalência é mais alta entre pessoas que se declaram brancas (1,3%), seguidas por pardas e pretas (1,1% cada), e menor entre indígenas (0,9%).
📚 Educação
A taxa de escolarização entre pessoas com TEA com mais de 6 anos é de 36,9%, superior à da população geral (24,3%). No entanto, entre os adultos com 25 anos ou mais, 46,1% possuem ensino fundamental incompleto ou nenhuma instrução, comparado a 35,2% da população geral. Apenas 15,7% dos adultos com TEA completaram o ensino superior, frente a 18,4% da população total.
🗺️ Distribuição geográfica
Regiões: As regiões Norte, Nordeste, Sul e Sudeste registraram 1,2% de pessoas com TEA cada, enquanto o Centro-Oeste teve 1,1%.
Estados: São Paulo concentra o maior número absoluto de pessoas com TEA (548 mil), enquanto o Acre apresenta a maior proporção relativa (1,6%). Contexto e desafios