Decisão do governo Trump de retirar tarifas sobre produtos brasileiros gera forte reação política; governistas dizem que resultado expõe postura “antipatriótica” de opositores
A decisão dos Estados Unidos de eliminar as tarifas de 40% aplicadas a produtos agrícolas brasileiros provocou uma onda de manifestações entre aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Parlamentares governistas celebraram o recuo norte-americano e, ao mesmo tempo, voltaram suas críticas ao deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e a outros nomes da oposição.
O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), afirmou que o resultado é fruto da diplomacia brasileira e insinuou que parte da oposição teria atuado para prejudicar o país no cenário internacional. Segundo ele, a retomada do diálogo entre Brasil e EUA fortaleceu a economia e ajudou a reconstruir a confiança externa, algo que — na avaliação do petista — contrasta com o comportamento de adversários do governo.
A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, também comemorou a retirada das tarifas e elevou o tom contra Eduardo Bolsonaro e o ex-presidente Jair Bolsonaro. Para Gleisi, o posicionamento de setores da oposição em relação ao tarifaço mostrou descompromisso com o interesse nacional, enquanto o governo Lula buscou “serenidade e firmeza” nas conversas com Washington.
O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), reforçou o discurso de que a medida representa uma vitória estratégica para o Brasil, destacando que a diplomacia atual tem trabalhado para ampliar mercados e beneficiar tanto a indústria quanto o agronegócio.
Outros ministros também se pronunciaram, avaliando o recuo dos EUA como um sinal de confiança nas negociações brasileiras. Entre eles, Silvio Costa Filho, de Portos e Aeroportos, que classificou o episódio como “excelente notícia” para o comércio exterior.
A retirada das tarifas melhora a competitividade dos produtos brasileiros e reduziu tensões no setor agrícola, mas no campo político o episódio serviu para acentuar as críticas dos governistas à postura de Bolsonaro e de seus aliados no exterior e nas redes sociais.




