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Fuga em massa: 50 alunos escapam de sequestro na Nigéria

Na Nigéria, 50 dos mais de 300 alunos sequestrados de uma escola católica conseguiram escapar dos seus captores, segundo informou a Associação Cristã da Nigéria (CAN). O sequestro ocorreu na sexta-feira (21) na St. Mary’s Private Catholic School, localizada na comunidade de Papiri, no Estado de Níger, na região centro-norte do país. Pelo menos 303 estudantes e 12 professores foram levados por homens armados durante o ataque.

De acordo com Bulus Dauwa Yohanna, bispo e presidente da CAN no Estado de Níger, os alunos escaparam individualmente entre sexta e sábado e conseguiram se reunir com suas famílias. Ainda segundo ele, os estudantes que fugiram não puderam retornar imediatamente à escola, o que motivou um contato direto com os pais para confirmar seus paradeiros.

Apesar da fuga bem-sucedida dessas crianças, a situação segue grave: 253 estudantes e os 12 professores ainda permanecem sob custódia dos sequestradores. Autoridades de segurança e líderes comunitários intensificaram as negociações e os esforços para garantir a soltura dos demais. O presidente nigeriano, Bola Tinubu, afirmou estar acompanhando de perto a situação e manteve contato com as tropas que atuam na região. Em resposta ao aumento da violência, Tinubu ordenou a contratação de mais 30 mil policiais para reforçar a segurança em áreas vulneráveis.

O Papa Leo XIV também se pronunciou, fazendo um apelo público pela libertação imediata dos estudantes ainda mantidos em cativeiro.


Na imagem Nigerianos (Foto: reprodução/ John Okunyomih/ AFP)

Violência na Nigéria: um panorama preocupante

O sequestro na St. Mary’s School não é um episódio isolado. A Nigéria enfrenta uma escalada de ataques a escolas nos últimos anos, com grupos armados mirando instituições de ensino como forma de pressionar autoridades e lucrar com o pagamento de resgates. Desde o sequestro das meninas de Chibok, casos semelhantes se multiplicaram em diferentes regiões do país.

A combinação de fragilidade institucional, desigualdade social e falta de policiamento efetivo tem alimentado esse ciclo de violência. Em várias comunidades, escolas foram fechadas, pais têm medo de enviar seus filhos para estudar, e milhares de jovens enfrentam interrupções constantes no aprendizado. A impunidade e a expansão de grupos criminosos continuam sendo desafios centrais para o governo nigeriano.

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