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Marido e sogra de professora morta em Ribeirão Preto vão a júri popular

A Justiça de São Paulo decidiu que o médico Luiz Antônio Garnica e sua mãe, Elizabete Arrabaça, serão julgados por júri popular pela morte da professora Larissa Rodrigues, de 37 anos, ocorrida em 22 de março de 2025, em Ribeirão Preto. A decisão foi tomada após o juiz responsável concluir que há elementos suficientes para que o caso seja avaliado pelo Conselho de Sentença.

Morte por envenenamento

Segundo a denúncia do Ministério Público de São Paulo, Larissa foi vítima de envenenamento gradual. As investigações apontam que Elizabete teria administrado pequenas doses de “chumbinho” à nora durante aproximadamente quinze dias, até que uma dose fatal foi aplicada. O Ministério Público sustenta que o crime teria sido planejado por Luiz Antônio, motivado por interesses patrimoniais e pelo desejo de evitar a partilha de bens diante de um possível divórcio.


Vídeo sobre caso de envenenamento (Vídeo: reprodução/ YouTube/Balanço Geral)

Suspeitos permanecem presos

Os réus responderão por homicídio qualificado, com agravantes como motivo torpe, emprego de veneno, feminicídio e recurso que dificultou a defesa da vítima. O médico também foi denunciado por fraude processual, por supostamente tentar modificar a cena do crime antes da chegada da polícia.

Ambos permanecem presos preventivamente desde o início da investigação. A Justiça considerou que a soltura poderia comprometer a coleta de provas e representar risco à ordem pública. Durante a tramitação do processo, Elizabete Arrabaça foi transferida para o presídio de Tremembé, unidade conhecida por receber detentos de casos de grande repercussão, como medida de segurança.

A decisão que envia o caso ao tribunal do júri foi assinada em 30 de novembro de 2025. O julgamento ainda não tem data marcada, e a defesa nega todas as acusações, afirmando que irá contestar os argumentos do Ministério Público durante o plenário.

Entenda o caso

Larissa Rodrigues foi encontrada morta em 22 de março de 2025, após apresentar sintomas que inicialmente levantaram dúvidas sobre a causa do óbito. O avanço das investigações e os laudos toxicológicos revelaram a presença de substâncias compatíveis com “chumbinho”, o que levou a polícia a aprofundar a apuração e chegar ao indício de envenenamento. Depoimentos, movimentações financeiras e rastreamento de rotinas da família ajudaram a compor o cenário que resultou na denúncia de Luiz Antônio Garnica e Elizabete Arrabaça por homicídio qualificado.