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Governador do Pará reage com veemência a críticas do chanceler alemão

O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), respondeu com firmeza às declarações feitas pelo chanceler alemão Friedrich Merz, que, durante um discurso na Alemanha, se referiu a Belém de forma considerada ofensiva pelas autoridades paraenses. Merz afirmou que os jornalistas que o acompanhavam durante uma visita à capital paraense ficaram “contentes” por deixar a cidade e que, ao perguntar quem gostaria de permanecer lá ao fim da viagem, “ninguém levantou a mão”. As falas, interpretadas como desdém, repercutiram rapidamente no Brasil.

O que motivou a declaração alemã

O chanceler esteve em Belém durante atividades preparatórias da COP 30, que ocorrerá na capital paraense. A visita envolveu encontros com lideranças e compromissos oficiais voltados à pauta climática. Foi após retornar à Alemanha que Merz relatou a reação de sua comitiva, descrevendo Belém como um lugar do qual todos teriam ficado aliviados de sair. A fala provocou críticas por soar preconceituosa e por reduzir a cidade — que está prestes a sediar o maior evento climático do mundo — a um estereótipo negativo.


Chanceler Alemão: Frededrich Merz

Reação firme do governador do Pará

Helder Barbalho reagiu publicamente e classificou as declarações como um “discurso preconceituoso” que não condiz com a realidade do povo paraense. Ele lembrou que o estado recebeu a delegação alemã com hospitalidade e destacou que a Amazônia, apesar dos desafios, é exemplo de cultura, força e diversidade. Em tom irônico, afirmou que seria “curioso ver quem ajudou a aquecer o planeta estranhar o calor da Amazônia”, indicando que países historicamente mais poluentes deveriam ter mais cuidado ao comentar sobre a região. O governador também cobrou da Alemanha menos retórica e mais compromisso concreto com a preservação da floresta.

Outras reações no Pará

A fala do chanceler também foi criticada pelo prefeito de Belém, Igor Normando, que a classificou como arrogante e desrespeitosa, especialmente considerando o contexto da COP 30. A primeira-dama do estado, Daniela Barbalho, lamentou o episódio e reforçou que o povo paraense sempre foi acolhedor com visitantes, independentemente de sua nacionalidade. As manifestações ganharam força nas redes sociais, impulsionadas pelo sentimento de defesa da imagem da Amazônia e pela necessidade de enfrentar discursos que reforçam estigmas sobre a região.

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