Policiais civis e militares realizaram um protesto no centro de São Paulo nesta terça-feira (18), no Largo São Francisco, para cobrar o governador Tarcísio de Freitas e o secretário de Segurança Pública licenciado, Guilherme Derrite. O ato foi articulado por 22 entidades representativas das forças de segurança e reuniu profissionais de diferentes categorias, incluindo policiais penais.
Reivindicações das categorias
Entre as principais demandas está a elaboração da nova Lei Orgânica da Polícia Civil, que deveria substituir a legislação atual, em vigor desde 1979. Delegados e demais profissionais da corporação cobram reestruturação de carreira, reajuste salarial, regulamentação da jornada de trabalho e preservação de prerrogativas funcionais. Representantes afirmam que a minuta prometida pelo governo não avançou e que a participação da categoria nas negociações tem sido limitada, com críticas à falta de representatividade nos grupos de trabalho.
Na Polícia Militar, a principal pauta é o reajuste salarial linear. A categoria argumenta que a correção dos vencimentos deve ser igual para todos os níveis da corporação e cobra o cumprimento de promessas de valorização feitas durante a campanha eleitoral.
Críticas à gestão estadual
Os manifestantes acusam o governador Tarcísio de Freitas e Guilherme Derrite de descumprirem compromissos assumidos com as forças de segurança. Também há insatisfação com o fato de Derrite, mesmo licenciado da Secretaria de Segurança Pública, estar envolvido em debates federais sobre projetos de lei, o que, segundo representantes das categorias, reduz sua atenção às pautas estaduais.
As críticas fazem parte de um contexto mais amplo. Nos últimos meses, entidades e parlamentares vêm apontando aumento da violência policial no estado e cobrando providências. Em audiência pública realizada na Assembleia Legislativa neste ano, familiares de vítimas e organizações denunciaram o que chamam de escalada de letalidade policial. Parlamentares, por sua vez, já solicitaram investigações sobre a condução da segurança pública pela atual gestão.




