O advogado Luís Francisco Caselli, apontado pelas autoridades como doleiro e investigado por fingir ser agente da Polícia Federal, foi assassinado na noite de segunda-feira (24) na zona leste de São Paulo. Ele estava em um carro blindado quando dois homens em uma motocicleta se aproximaram e abriram fogo.
Dinâmica do atentado
Caselli chegava a sua residência no Jardim Anália Franco quando foi atacado. Imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que a moto emparelha com o veículo. O garupa desce, atira a curta distância várias vezes e chega a verificar algo na parte traseira do carro antes de fugir com o comparsa.
Mesmo blindado, o automóvel estava com os vidros abertos, o que possibilitou os disparos. Após ser atingido, o veículo avançou desgovernado por alguns metros e bateu em outro carro estacionado. Caselli chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos.
Histórico criminal e investigação
A Polícia Civil trabalha com a hipótese de execução planejada e utiliza as imagens de segurança para tentar identificar os autores do crime e entender se a morte tem relação com as investigações das quais o advogado era alvo.
Caselli acumulava aproximadamente 20 passagens pela polícia paulista, principalmente por estelionato. Ele também havia sido denunciado por crimes como extorsão, usurpação de função pública e participação em organização criminosa. As investigações apontavam que ele se passava por policial federal para extorquir políticos e aumentar sua credibilidade em esquemas fraudulentos. Em uma das denúncias, ele teria contado com o auxílio de um delegado da própria Polícia Federal para dar aparência de legitimidade às ações.
As autoridades não descartam que o assassinato esteja relacionado a disputas financeiras, extorsões ou possíveis conflitos decorrentes dos esquemas investigados.




