O prefeito de Poá, Saulo Souza, acompanhou nesta quinta-feira (19) a confecção dos tradicionais tapetes de Corpus Christi, que enfeitaram as ruas de diversos bairros da cidade. Acompanhado da primeira-dama e presidente do Fundo Social, Flavia Souza, o chefe do Executivo percorreu as paróquias Nossa Senhora de Lourdes (Centro), São José (Vila Varela), Santa Helena (Jardim Santa Helena), Nossa Senhora Aparecida (Jardim Nova Poá) e Nossa Senhora de Fátima (Calmon Viana), onde os fiéis trabalharam de forma voluntária para manter viva uma das maiores expressões de fé da tradição católica.
“Que dia iluminado nesse feriado de Corpus Christi, uma tradição cultural e religiosa na nossa cidade. Muitas mãos de crianças, jovens, adultos, idosos, de forma voluntária, preparando esses lindos tapetes. Como é lindo ver nossa cidade unida em torno de valores muito especiais e importantes da cultura da fé”, declarou o prefeito Saulo Souza.
Com materiais como serragem colorida, terra, sal, areia e outros elementos, as equipes das paróquias e voluntários transformaram as ruas em verdadeiras obras de arte. Além da beleza, a ação simboliza união, fé e serviço ao próximo.
Meio ambiente e inclusão
A Secretaria de Meio Ambiente de Poá também marcou presença na celebração, confeccionando um tapete especial na Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, no Centro. A arte, criada por servidores da pasta e pela secretária Claudete Canada, e que contou com a participação dos escoteiros do Grupo Escoteiro São João Batista de Ybipiá, teve como tema central a inclusão, simbolizando o respeito à diversidade. “A participação da nossa equipe nesse momento de fé e tradição é muito significativa. Pensamos em uma arte que representasse o meio ambiente, mas também a inclusão, a empatia e o acolhimento”, afirmou a chefe da pasta.
Tradição
De acordo com o padre Ulisses Ramos, da Paróquia Santa Helena, a tradição dos tapetes é uma homenagem à presença de Jesus na vida da Igreja. “Os tapetes de Corpus Christi são datados desde o século XVII, pelo Papa Urbano, que via na época uma certa frieza na devoção dos fiéis. Então ele pediu para que, uma vez no ano, o Santíssimo Sacramento, que é o ápice da vida da Igreja, saísse às ruas para mostrar tanto a presença da Igreja quanto a presença de Jesus na vida da Igreja. Os tapetes são uma forma de homenagem para dizer que nós trabalhamos para que Jesus passe. Desde então, a tradição se espalhou pela Igreja do mundo inteiro e se conserva até hoje”, detalhou.
Responsável pela Paróquia São José, padre Sérgio reforçou a importância da data e da participação popular: “Não se trata apenas de um feriado, mas sim a data em que é celebrada presença real de Jesus na Eucaristia. Na história da Igreja houve aqueles que negaram a presença real de Jesus na Eucaristia, na hóstia consagrada, e existiu um momento em que um sacerdote, que tinha essa dúvida, celebrou uma missa e a hóstia começou a sangrar. Esse episódio chegou ao conhecimento do Papa Urbano, que pediu que a hóstia consagrada fosse levada até ele. Esse caminho até lá se deu com a presença de muitos fiéis. A partir desse episódio surgiu a procissão e a festa de Corpus Christi, que une a comunidade e aproxima os fiéis até hoje, sendo um grande momento de celebração”, finalizou.