O chefe do Executivo Tarcísio de Freitas (Republicanos) expressou descontentamento em relação aos serviços fornecidos pela Enel em São Paulo, defendendo que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) não estenda o contrato de concessão com a empresa, o qual expira em 2028.
As observações foram feitas nesta quinta-feira (15) durante uma entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes. No decorrer do evento, Tarcísio também deixou evidente que o prefeito Ricardo Nunes (MDB) contará com seu respaldo na eleição municipal de outubro, quando buscará a reeleição.
“Olha, a gente não pode ter uma empresa que a cada chuva deixa o paulistano na mão ou o morador da região metropolitana. Então, são eventos climáticos que acontecem, que a gente sabe que acontece, e a gente não vê uma preparação da empresa para enfrentar essa situação”, comentou.
Ele acrescentou:”Isso significa que houve baixo investimento, investimento insuficiente em termos de resiliência de rede e não houve cuidado devido com a manutenção, com o mapeamento de pontos críticos”.
O governador também assegurou ter mantido diversas conversas com a Aneel, além de ter se reunido com o conselho da Enel e o presidente da companhia.
“Nós colocamos a nossa angústia, nossa preocupação com esse problema de prestação de serviço. A gente está falando de um recurso essencial que é a energia e nosso cidadão não pode ficar sem energia, várias horas sem energia, repetidamente. É uma coisa que está afetando nosso dia a dia e a gente precisa de uma providência enérgica, imediata e é fundamental que a gente pense o futuro”.
Em resposta, a Enel comunicou que não irá comentar as declarações do governador, no entanto, destacou que, em novembro, as intensas precipitações afetaram mais de 2 milhões de clientes, e que a energia foi restaurada para um milhão deles em menos de 24 horas.