E se peças de roupa confeccionadas dentro de uma ação social fossem parar nas mãos de crianças carentes na África? Foi o que aconteceu, recentemente, quando vestidos costurados pelo projeto “Costura do Bem”, do Clube de Campo de Mogi das Cruzes (CCMC), foram doados a crianças de uma aldeia de Moçambique, na África, a mais de 9,2 mil quilômetros de distância do Brasil.
O projeto tem ampliado seus esforços, alcançando um marco significativo desde 2022, ao produzir mais de 500 peças destinadas a entidades sociais, creches e associações filantrópicas de Mogi das Cruzes. Composta por oito mulheres engajadas em ações altruístas, a equipe se reúne todas as terças-feiras, às 15 horas, na Sala do Bem, no CCMC.
Semanalmente, a equipe de voluntárias confecciona de 30 a 40 peças. No fim do ano, elas produziram 180 kits, compostos por vestidos, bermudas, camisetas e chinelos – os vestidos e bermudas costurados pelas mulheres e as peças restantes compradas com recursos próprios.
E se as roupas produzidas pelo grupo fazem tanta diferença para as crianças da região, o que poderiam fazer pelos pequenos da África? Uma das voluntárias do projeto, Neusa Sponda Jungers, compartilhou uma experiência emocionante envolvendo o trabalho do grupo. Ela doou sacolas de roupas costuradas pelas voluntárias para uma amiga, que, no Natal, decidiu visitar a família em Londrina, no Paraná, e aproveitou a oportunidade para levar os vestidos como doação.
Lá, uma freira da Congregação das Missionárias de Santo Antonio Maria Claret, que estava se preparando para uma missão em Moçambique, na África, fez questão de incluir os vestidos na bagagem, visando contribuir com a causa. E as peças chegaram para quem tanto precisa. “Recentemente, recebi as fotos com as crianças usando as roupas que nós confeccionamos. Fiquei especialmente emocionada com uma menina de vestido vermelho, que aparece na foto, que levou espigas de milho para agradecer pela doação”, conta Neusa.
Apoio
Neusa ressaltou que as doações demoraram mais de dois meses para chegar às mãos das crianças. Para ela, isso significa que não há limites para a solidariedade. “Levar todo esse tempo para as coisas chegarem até as crianças é um lembrete da distância geográfica, mas também da perseverança em fazer o bem”.
A voluntária faz questão de destacar o apoio dado pela atual gestão, sobretudo pelo presidente, João Bosco Camargo de Sousa, e a diretora social, Karin Camargo: “O apoio do João e da Karin nos deixa com um sentimento de gratidão e ainda com mais vontade de seguir com nosso trabalho. Inclusive, a atual gestão nos doou duas máquinas de costura e liberou uma sala para podermos fazer as roupas. São pessoas muito humanitárias”, elogia.