TSE exclui Forças Armadas e STF da fiscalização das urnas eletrônicas

Nesta terça (26) o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou uma resolução que remove as Forças Armadas e o Supremo Tribunal Federal (STF) da lista de entidades encarregadas de fiscalizar as urnas eletrônicas.

Essa medida resultou de um esforço coordenado pelo presidente da Corte, Alexandre de Moraes, e ocorre cerca de um ano após os conflitos entre o tribunal e as Forças Armadas durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). O STF (Supremo Tribunal Federal) também deixou de ser uma entidade fiscalizadora, no entanto, três ministros do STF fazem parte do TSE.

A mudança proposta por Moraes foi apresentada durante a sessão e recebeu aprovação unânime dos demais membros do TSE. Essa costura vinha sendo desenvolvida ao longo do semestre e foi tomada como parte dos preparativos para os testes de segurança das urnas que serão utilizadas nas eleições de 2024.

“Não se mostrou necessário, razoável e eficiente a participação das Forças Armadas no rol de entidades fiscalizadoras do sistema eletrônico de votação e na comissão de transparência eleitoral.”

Alexandre de Moraes, presidente do TSE

Moraes expressou seu agradecimento pela colaboração das Forças Armadas, particularmente em relação à segurança dos eleitores e ao apoio logístico prestado pelos militares. Além disso, ele afirmou que tais iniciativas serão mantidas no futuro.

  • Agora as entidades fiscalizadores das urnas são:
  • partidos políticos, federações e coligações;
  • Ordem dos Advogados do Brasil;
  • Ministério Público;
  • Congresso Nacional;
  • Controladoria-Geral da União;
  • Polícia Federal;
  • Sociedade Brasileira de Computação;
  • Conselho Federal de Engenharia e Agronomia;
  • Conselho Nacional de Justiça;
  • Conselho Nacional do Ministério Público;
  • Tribunal de Contas da União;
  • Confederação Nacional da Indústria, demais integrantes do Sistema Indústria e entidades corporativas pertencentes ao Sistema S;
  • entidades privadas brasileiras, sem fins lucrativos, com notória atuação em fiscalização e transparência da gestão pública, credenciadas junto ao TSE;
  • departamentos de tecnologia da informação de universidades credenciadas junto ao TSE.