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Projeto define cota em programas habitacionais para mulheres vítimas de violência doméstica ou tentativa de feminicídio

            Mulheres vítimas de violência doméstica ou de tentativa de crime de feminicídio poderão ter uma destinação de cinco por cento (5%) do total de moradias populares de programas habitacionais públicos locais. A medida inédita na cidade faz parte do projeto de lei nº 0017/2025, em tramitação na Câmara Municipal, porém, sem data para ser votada em plenário.

O texto é de autoria dos vereadores Eliel de Souza, o Eliel Fox e Selma Francisca dos Santos, a Professora Selma, ambos do Republicanos. Na prática, a matéria regulamenta o que define a lei federal nº 11.340/2006, a chamada Lei Maria da Penha. De acordo com a matéria em curso, a violência doméstica deverá ser comprovada por expedientes e procedimentos constantes na ação penal, transitada em julgado ou não.

Para tanto, a vítima terá de apresentar cópia do inquérito policial elaborado nas delegacias especializadas na defesa e proteção das mulheres; da denúncia criminal; da decisão que concedeu a medida protetiva de urgência; da certidão ou do laudo social de acompanhamento psicológico, emitido por entidades públicas assistenciais ou organizações não governamentais e notória participação nas causas de defesa da mulher.

Ainda, segundo o texto, somente farão jus ao benefício e enquadramento no disposto no artigo primeiro da presente lei, as mulheres devidamente cadastradas e que forem comprovadamente residentes em Ferraz de Vasconcelos. Já o Poder Executivo poderá regulamentar a norma, no que couber, por decreto. Para Eliel Fox e Professora Selma, a decisão visa proporcionar segurança, autonomia e dignidade a essas mulheres.

                                          Barbaridade

Enfim, facilita o recomeço após serem vítimas de violência doméstica ou tentativa de feminicídio. “Afinal de contas, a violência doméstica é um problema grave no país, e a falta de moradia segura é um dos principais obstáculos para que as vítimas rompam com o relacionamento tóxico”, apontam. Eles reforçaram ainda que o projeto está alinhado à Constituição Federal e às diretrizes nacionais e mundiais de proteção às mulheres. Em 2024, foram registrados 1.450 feminicídios no Brasil.

Por Pedro Ferreira, em 01/04/2025.

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