Nos últimos 25 dias, São Paulo registrou nove casos e duas mortes por intoxicação por metanol após o consumo de bebidas alcoólicas adulteradas. As vítimas fatais ocorreram na capital paulista e em São Bernardo do Campo. O Centro de Vigilância Sanitária (CVS) confirmou a causa das mortes no sábado, 27 de setembro.
O metanol, substância altamente tóxica, é comumente utilizado como solvente na fabricação de combustíveis. Autoridades suspeitam que ele esteja sendo usado ilegalmente para adulterar bebidas como gin, whisky e vodka, aumentando o risco de intoxicação entre os consumidores.
Em resposta à situação, a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) e o Conselho Nacional de Combate à Pirataria e Delitos contra a Propriedade Intelectual (CNCP) emitiram uma nota técnica com recomendações urgentes aos estabelecimentos que comercializam bebidas alcoólicas no estado de São Paulo e regiões próximas. As autoridades alertam para a importância de adquirir produtos apenas de fabricantes legalizados e de redobrar a atenção quanto à procedência das bebidas oferecidas.
Especialistas enfatizam que a ingestão de metanol pode causar danos severos à saúde, incluindo cegueira e danos cerebrais. Portanto, é fundamental que os consumidores estejam atentos à procedência das bebidas alcoólicas e que os estabelecimentos comerciais adotem medidas rigorosas de controle de qualidade para evitar a venda de produtos adulterados.