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Boletim médico aponta que Bolsonaro teve confusão mental e alucinações

Um boletim médico divulgado pela equipe que acompanha o ex-presidente Jair Bolsonaro informou que ele apresentou, na noite de sexta-feira (21), um quadro de confusão mental e alucinações. Segundo os médicos, os sintomas podem estar relacionados ao uso da pregabalina, medicamento prescrito por uma terceira profissional de saúde sem o conhecimento dos responsáveis por seu acompanhamento regular.

Interação entre medicamentos

O relatório, assinado pelo cirurgião-geral Claudio Birolini e pelo cardiologista Leandro Echenique, explica que a pregabalina pode interagir de forma significativa com outros remédios que Bolsonaro já utiliza, como a clorpromazina e a gabapentina, empregados no tratamento de crises de soluços. Entre os possíveis efeitos colaterais do medicamento estão desorientação, sedação, desequilíbrio, prejuízo cognitivo e alucinações.

Assim que os sintomas foram identificados, o uso da pregabalina foi suspenso imediatamente. A equipe médica informou que, até o momento, não há registro de efeitos residuais e que o esquema medicamentoso de Bolsonaro foi ajustado para o padrão anterior.


Vídeo sobre medicamento usado por Jair Bolsonaro (Vídeo: reprodução/ O Povo)

Situação clínica e reação da defesa

Durante visita dos médicos à Superintendência da Polícia Federal, onde Bolsonaro está detido preventivamente, ele foi descrito como clinicamente estável e sem intercorrências durante a noite. A defesa do ex-presidente utilizou o episódio para reforçar o pedido de prisão domiciliar, argumentando que o quadro de confusão mental poderia explicar a tentativa de violar a tornozeleira eletrônica.

Os advogados afirmam que Bolsonaro relatou ter sentido “uma certa paranoia” e acreditado que havia uma escuta no equipamento, o que o levou a manipulá-lo. A equipe médica informou ainda que manterá acompanhamento periódico para monitorar sua evolução.

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