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Lulinha recebia mesada de R$ 300 mil do “Careca do INSS”, diz testemunha

Um depoimento prestado à Polícia Federal por Edson Claro, ex-funcionário de Antônio Carlos Camilo Antunes — conhecido como “Careca do INSS” — reacendeu suspeitas envolvendo Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, filho do presidente da República. Segundo o testemunho, que chegou também à CPMI do INSS, Lulinha teria recebido mensalmente cerca de R$ 300 mil do empresário investigado por fraudes relacionadas a benefícios do INSS.

O depoimento

De acordo com o relato de Edson Claro, além da suposta “mesada”, teria havido ainda um repasse total estimado em R$ 25 milhões. O depoente também mencionou que Lulinha teria viajado a Portugal na companhia de Careca do INSS. As informações foram apresentadas às autoridades como parte das apurações sobre possíveis desvios e lavagem de dinheiro.

O que está em investigação

As alegações se somam a outras frentes de investigação que analisam atividades empresariais ligadas a Careca do INSS. Entre elas, está a suspeita de que uma empresa vinculada ao grupo, cujo objeto seria o comércio de cannabis medicinal, possa ter sido usada para movimentação irregular de recursos. A Polícia Federal considera, até o momento, o depoimento como um indício que precisa ser confirmado com outras provas.

Divisão interna na PF

Relatos indicam que há divergências internas dentro da própria Polícia Federal sobre o peso do material apresentado. Parte da corporação entende que não há, por enquanto, elementos suficientes para incriminar Lulinha. Outra ala defende o aprofundamento imediato das diligências, especialmente no rastreamento dos supostos repasses.

Reação da defesa

A defesa de Lulinha classificou as declarações como “improváveis e pirotécnicas”, afirmando que não existe qualquer evidência concreta que vincule o filho do presidente às suspeitas levantadas. Já a defesa de Careca do INSS afirmou desconhecer os dados mencionados e optou por não comentar o conteúdo do depoimento.

Cenário político e próximos passos

O caso ganhou relevância política por envolver um familiar direto do presidente em meio a uma CPMI que apura irregularidades no INSS. A comissão avalia a possibilidade de convocar tanto o depoente quanto Lulinha para esclarecer pessoalmente os fatos. Especialistas apontam que eventuais desdobramentos dependerão da obtenção de documentos e provas que possam confirmar — ou descartar — o que foi narrado pelo ex-funcionário.

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