Hong Kong ordena remoção de redes de andaimes em edifícios residenciais após incêndio que matou 159 pessoas. Autoridades investigam causas e responsabilizam construtoras.
Incêndio mortal em Hong Kong
As autoridades de Hong Kong estão acelerando a retirada de redes de proteção em edifícios em reforma após o incêndio no complexo residencial Wang Fuk Court, que deixou 159 mortos. O fogo, ocorrido em 26 de novembro, atingiu sete torres residenciais e é considerado o mais mortal da cidade nas últimas décadas.

Redes de andaimes e materiais inflamáveis contribuíram para a tragédia
Investigadores apontam que redes de andaimes e espuma isolante de baixa qualidade intensificaram o fogo. Sistemas de alarme contra incêndio também não estavam funcionando, agravando a situação.
Moradores de regiões próximas, como Sha Tin, aprovaram a remoção das redes, afirmando que a medida reduz o risco de novos acidentes.
Prisões e responsabilização de construtoras
Até agora, 21 pessoas foram detidas, incluindo funcionários e diretores da Prestige Construction, empresa responsável pelas reformas do Wang Fuk Court. Outros seis suspeitos ligados à empresa de sistemas de incêndio foram detidos por suspeita de fraude.
O governo informou que mais de 200 prédios privados e 10 públicos precisarão remover as redes, e que os custos serão arcados pelas construtoras. Um novo código de conduta para redes de andaimes será publicado na próxima semana, exigindo certificação em laboratórios autorizados.
Impacto para moradores e próximas medidas
Das 159 vítimas, 140 já foram identificadas, com idades entre 1 e 97 anos. Entre os desaparecidos, 31 são trabalhadores domésticos estrangeiros. Mais de 2.900 moradores foram realocados temporariamente.
O chefe do Executivo de Hong Kong, John Lee, criou um comitê judicial para investigar o incêndio e revisar a fiscalização de reformas, garantindo mais segurança e transparência.




