Nesta terça-feira, 2 de dezembro de 2025, o Papa Leão XIV fez um apelo público ao governo dos Estados Unidos, pedindo que busquem soluções pacíficas — e não uma intervenção militar — para a crise na Venezuela. O pontífice, falando a jornalistas durante o voo de retorno de sua viagem ao Oriente Médio, afirmou que “é melhor buscar maneiras de diálogo, talvez pressão — inclusive pressão econômica” do que considerar uma invasão.
O que o Papa disse
Durante a coletiva, Leão XIV alertou que “com a violência não vencemos”, ressaltando que situações delicadas como a da Venezuela exigem cautela e diplomacia em vez de ações militares. Ele comentou também que, com frequência, “as vozes que vêm dos Estados Unidos mudam”, referindo-se à combinação de declarações diplomáticas e sinais de possível mobilização militar. Essa inconsistência, segundo o Papa, reforça a necessidade de alternativas que priorizem o diálogo.
O pontífice destacou ainda que, em crises desse tipo, “quem mais sofre é o povo, não as autoridades”, defendendo que qualquer ação internacional deve ter como prioridade o bem-estar da população venezuelana.
Contexto e motivações
O pronunciamento de Leão XIV ocorre em meio a tensões crescentes entre Washington e Caracas. Autoridades americanas estudam diferentes formas de pressionar o governo venezuelano, incluindo medidas econômicas e, segundo especulações recentes, possibilidades militares. Movimentações navais no Caribe e ações atribuídas ao combate ao narcotráfico têm alimentado preocupações sobre uma eventual intervenção.
Diante desse cenário, o Vaticano tem reforçado a importância da diplomacia. Para Leão XIV, a paz, o diálogo e o respeito à dignidade humana devem ser os pilares de qualquer tentativa de resolução da crise venezuelana.
Significado e possíveis impactos
O apelo do Papa reforça o papel moral e diplomático da Igreja Católica em questões internacionais, destacando os riscos de conflitos armados, principalmente para populações civis vulneráveis. Sua declaração pode aumentar a pressão sobre governos e organismos internacionais para que favoreçam soluções não violentas.
Além disso, a mensagem do pontífice abre espaço para alternativas baseadas em negociação e sanções econômicas, em vez de ações militares. Essa posição também fortalece setores da América Latina que defendem o diálogo como caminho para a estabilidade regional e para evitar um agravamento da crise humanitária na Venezuela.




