Presidente Donald Trump é criticado por declarações contra imigrantes somalis, enquanto aliados celebram suas palavras. Comunidade americana em alerta.
Comentários de Trump sobre imigrantes somalis geram tensão
O presidente Donald Trump causou polêmica nesta semana ao se referir a imigrantes somalis nos Estados Unidos como “lixo” e afirmar que deseja enviá-los “de volta para de onde vieram”. As declarações ocorreram durante uma reunião do gabinete transmitida na TV e aumentam a tensão em comunidades de imigrantes, especialmente em Minnesota, que abriga uma das maiores populações somalis do país.
Reação de aliados e críticos
Enquanto membros do partido republicano permaneceram em silêncio, o vice-presidente JD Vance e a porta-voz da Casa Branca Karoline Leavitt elogiaram as declarações de Trump, chamando-as de “épicas” e “incríveis”. Especialistas em direitos civis alertam que a retórica do presidente normaliza discursos de ódio e aumenta riscos para minorias.
LaTosha Brown, cofundadora do Black Voters Matter Fund, declarou que o discurso de Trump reflete uma desumanização de comunidades inteiras e reforça um padrão perigoso de políticas discriminatórias.
Políticas de imigração e contexto
Trump tem histórico de retórica racista contra imigrantes, incluindo ataques a haitianos e muçulmanos, além de medidas que restringem refugiados de países não europeus. Recentemente, após o tiroteio que matou dois soldados da Guarda Nacional em Washington, o governo pausou solicitações de imigração de 19 países não europeus.
Em Minnesota, relatos de operações federais contra imigrantes somalis geraram medo na comunidade, composta por cerca de 76.000 pessoas, muitas nascidas nos EUA. Jaylani Hussein, do Council on American-Islamic Relations, afirmou que imigrantes temem por sua segurança, incluindo aqueles que apoiaram Trump nas eleições anteriores.
Ataques a Ilhan Omar
Trump também voltou a criticar a deputada Ilhan Omar, naturalizada americana e refugiada somali, chamando-a de “lixo” e dizendo que “deveria ser expulsa do país”. Omar respondeu afirmando que o presidente mantém comentários xenófobos, islamofóbicos e racistas, reiterando seu padrão de ataques contra minorias e imigrantes.




