O governo federal revisou para baixo a estimativa do salário mínimo para 2026 e agora projeta o valor de R$ 1.627, uma redução em relação à previsão anterior, que indicava R$ 1.631. A atualização foi enviada ao Congresso Nacional pelo Ministério do Planejamento como parte das revisões técnicas usadas na elaboração do projeto de orçamento.
Motivo da redução
A queda na projeção ocorre principalmente devido à desaceleração da inflação prevista para 2025. Como a fórmula de cálculo do salário mínimo considera a inflação medida pelo INPC e o crescimento econômico do ano anterior, uma revisão para baixo do índice inflacionário reduz automaticamente a estimativa de reajuste.
O governo explicou que, com a expectativa de um INPC menor, o ganho real incorporado ao reajuste — mesmo mantido pela política de valorização — tende a ser mais moderado.
Impacto no bolso e nas contas públicas
Se confirmado, o valor de R$ 1.627 representará um reajuste de cerca de 7,18% em relação ao salário mínimo atual, que é de R$ 1.518. Mesmo com a redução de R$ 4 em comparação à previsão anterior, o aumento ainda deve resultar em ganho real acima da inflação projetada.
A projeção revisada também afeta o orçamento federal, já que diversos benefícios são atrelados ao salário mínimo, como aposentadorias, pensões, seguro-desemprego e o abono salarial. Um piso menor implica uma redução nas estimativas de gastos obrigatórios do governo em 2026.
Valor ainda não está confirmado
O valor definitivo para 2026 depende da consolidação do INPC acumulado até novembro, que será divulgado em breve. Até lá, o número permanece como previsão e ainda pode ser ajustado, para cima ou para baixo, caso os indicadores econômicos se alterem.
Contexto fiscal e político
A revisão faz parte do processo de atualização do orçamento e está alinhada ao arcabouço fiscal, que limita o crescimento das despesas públicas. Mesmo assim, o governo mantém a política de valorização do salário mínimo, que combina inflação mais crescimento econômico, preservando o ganho real.




