A partir de 1º de janeiro de 2024, a tarifa dos trens e metrô em São Paulo será reajustada para R$ 5, conforme confirmado pela assessoria da gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos). Atualmente em R$ 4,40, a passagem sofrerá um aumento de R$ 0,60. Embora o anúncio oficial ainda não tenha sido feito, o governo prometeu esclarecimentos em breve. A informação foi inicialmente divulgada pelo Bom dia SP, da TV Globo, e posteriormente confirmada pela Folha.
Com esse ajuste, os passageiros que utilizam exclusivamente o transporte sobre trilhos em dias úteis enfrentarão um acréscimo médio de R$ 26,40 por mês. O aumento da tarifa tem gerado divergências entre o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o prefeito Ricardo Nunes (MDB), ambos aliados. Tarcísio, incomodado com a defasagem desde janeiro de 2020, justifica a necessidade de equilibrar subsídios. Por sua vez, Nunes, preocupado com possíveis impactos em sua campanha de reeleição, contesta o aumento.
O governador reiterou sua intenção de elevar o preço da passagem, destacando a necessidade de ajustar os custos e evitar subsídios excessivos às empresas. Em relação à integração na capital, as passagens de ônibus e linhas férreas mantêm o mesmo valor. A gestão Nunes desembolsou R$ 5,3 bilhões em subsídios para empresas de ônibus até novembro, enquanto o governo estadual não revelou seu repasse para metrô e trens.
Quanto à tarifa dos ônibus na capital, a Folha questionou a Gestão Nunes, aguardando retorno. O reajuste nos trens e metrô ocorre após o anúncio de ônibus gratuitos aos domingos. O benefício, válido a partir do próximo domingo (17), utiliza o bilhete único, mas não cobra nenhum valor. A prefeitura espera renunciar a receitas de R$ 240 milhões ao ano, destinadas à gratuidade aos domingos, sem previsão de compensação às empresas.
A gestão municipal, que custeará R$ 6 bilhões dos gastos com ônibus este ano, alega uma ociosidade de 60% na capacidade dos ônibus, dispensando a implementação de subsídios. A Câmara dos Vereadores aprovou uma reserva de R$ 500 milhões no orçamento para subsidiar o transporte coletivo gratuito no próximo ano.
Texto por: Redação
